Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 20 de 119
Filtrar
1.
Cad Saude Publica ; 39(2): e00163222, 2023.
Artigo em Inglês, Português | MEDLINE | ID: mdl-36820728

RESUMO

This study aims to analyze the care trajectories of patients diagnosed with COVID-19 who were hospitalized and are currently undergoing rehabilitation regarding their use of and access to the healthcare network (HN). An evaluative, qualitative study was carried out based on interviews with patients in the city of Niterói, Rio de Janeiro State, Brazil. The care trajectories were reconstructed at three different occasions that express their experiences with the healthcare and support network during the pandemic: prevention, support and diagnosis measures; hospitalization; post-COVID-19 care, rehabilitation and support. The results indicate that the main source of information about COVID-19 was TV newscasts. Preventive hygiene measures were the most widely adopted. The family was the main support network. There was no waiting time for admission to the municipal referral hospital. Hospitalization was very well evaluated in terms of user embracement, multidisciplinary care, virtual visits and daily contact between doctor and family members. A post-discharge "care vacuum" was identified, with no follow-up by primary health care (PHC) and other public services. Low-cost health insurance plans and private specialized post-COVID-19 services were frequently and spontaneously sought until the implementation of the rehabilitation service. In summary, solitary and discontinuous care trajectories of individuals and families shed light on several challenges to the health system, including guaranteed access to coordinated PHC and expanded offer of specialized public services and rehabilitation, aligned with the principles of humanized care, in addition to the maintenance of social support measures.


O objetivo deste trabalho é analisar as trajetórias assistenciais, relativas ao uso e acesso às redes de atenção à saúde (RAS), de usuários diagnosticados, internados e em reabilitação decorrente da COVID-19. Foi realizado estudo avaliativo, qualitativo, com base em entrevistas com usuários, no Município de Niterói, Rio de Janeiro, Brasil. As trajetórias assistenciais, a partir da análise temática, foram reconstituídas em três momentos que expressam as experiências com a rede de saúde e apoio durante a pandemia: medidas de prevenção, apoio e diagnóstico; a experiência da internação; cuidados, reabilitação e apoio pós-COVID-19. Os resultados apontam que a principal fonte de informação sobre a doença foram os telejornais; as medidas preventivas de higienização, as mais adotadas; e a família foi a principal rede de apoio. Não houve tempos de espera para internação no hospital municipal de referência. A internação foi muito bem avaliada em função do acolhimento, cuidado multiprofissional, visitas virtuais e contato diário do médico com os familiares. Identificou-se, porém, "vácuo assistencial" pós-alta, com ausência de seguimento pela atenção primária à saúde (APS) e demais serviços públicos. Foi frequente a busca espontânea por planos populares e pagamento direto para acesso aos serviços especializados no pós-COVID-19, até a implantação do serviço de reabilitação. Em síntese, trajetórias assistenciais solitárias e descontínuas de indivíduos e famílias revelam diversos desafios ao sistema de saúde, entre os quais a garantia de acesso e coordenação dos cuidados pela APS, ampliação da oferta de serviços públicos especializados e de reabilitação em redes, alinhados aos princípios do cuidado humanizado, além da manutenção das medidas de apoio social.


Este artículo tiene por objetivo analizar las trayectorias asistenciales de usuarios diagnosticados, hospitalizados y en rehabilitación por el COVID-19 en cuanto al uso y acceso a las redes de atención a la salud (RAS). Se realizó un estudio cualitativo, evaluativo, a partir de entrevistas con usuarios en el municipio de Niterói, Rio de Janeiro, Brasil. A partir del análisis temático, las trayectorias asistenciales se reconstituyeron en tres momentos que expresan las experiencias con la red de salud y de apoyo durante la pandemia: las medidas de prevención, apoyo y diagnóstico; la experiencia de hospitalización; y los cuidados, rehabilitación y apoyo post-COVID-19. Los resultados muestran que los telediarios fueron la principal fuente de información sobre el COVID-19. Las medidas preventivas más adoptadas fueron las de higiene. La familia fue la principal red de apoyo. No hubo tiempo de espera para el ingreso en el hospital municipal de referencia. La hospitalización fue muy bien evaluada debido a la recepción, atención multidisciplinaria, visitas virtuales y contacto diario del médico con los familiares. Se identificó un "vacío asistencial" posterior al alta, sin seguimiento por parte de la atención primaria de salud (APS) y otros servicios públicos. Hubo una frecuente búsqueda espontánea de planes populares y pago directo para acceder a servicios especializados post-COVID-19 hasta la implementación del servicio de rehabilitación. Por lo tanto, las trayectorias asistenciales solitarias y discontinuas de individuos y familias revelan varios desafíos para el sistema de salud, entre ellos la garantía de acceso y coordinación de la atención por parte de la APS, la ampliación de la oferta de servicios públicos especializados y la rehabilitación en redes, combinada con los principios de cuidado humanizado, además del mantenimiento de las medidas de apoyo social.


Assuntos
Assistência ao Convalescente , COVID-19 , Humanos , Brasil , Alta do Paciente , Atenção à Saúde
3.
Physis (Rio J.) ; 33: e33044, 2023. tab
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1521309

RESUMO

Resumo O objetivo do artigo é mapear e analisar as práticas desenvolvidas por agentes comunitários de saúde (ACS) em municípios rurais remotos (MRR) à luz dos atributos essenciais e derivados da Atenção Primária à Saúde (APS). Foi realizado estudo de caso em quatro MRR do semiárido nordestino por meio de entrevistas com ACS e usuários da Estratégia Saúde da Família (ESF). Os resultados mostram forte atuação dos ACS em ações vinculadas à porta de entrada e integralidade, com escopo ampliado, sobretudo nas áreas rurais dos MRR. A intermediação e a facilitação do acesso ocorrem por meio do forte vínculo dos ACS com os territórios e famílias e na ausência de outros recursos assistenciais. As ações individuais, mediante visitas domiciliares, foram mais prevalentes em detrimento de ações coletivas relacionadas aos atributos derivados. Identificou-se a realização de procedimentos como aferição de pressão arterial e curativos.


Abstract The article aims to map and analyze the practices developed by community health agents (CHA) in remote rural municipalities (RRM) in light of the essential and derived attributes of Primary Health Care (PHC). A case study was carried out in four RRM in the Northeastern Semi-arid Region through interviews with CHA and users of the Family Health Strategy (ESF). The results show a strong performance of the CHA in actions linked to the gateway and comprehensiveness, with an expanded scope, especially in the rural areas of the RRM. Intermediation and facilitation of access occur through the CHA's strong bond with territories and families and in the absence of other assistance resources. Individual actions, through home visits, were more prevalent to the detriment of collective actions related to derived attributes. Procedures such as blood pressure measurement and dressings were identified.

4.
Interface (Botucatu, Online) ; 27: e220665, 2023. tab, ilus
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1448520

RESUMO

Resumo O objetivo é analisar a experiência de médicos da Atenção Primária à Saúde (APS) sobre conhecimento, uso e reflexões para melhoria da coordenação do cuidado. Foi realizado estudo transversal com utilização do COORDENA-BR com médicos da APS, em Niterói/RJ/BR. Os profissionais reconheciam a importância da coordenação, ainda que não ocorresse, e confiavam nas habilidades clínicas dos médicos da Atenção Especializada (AE). Não havia indicação de seguimento e reconhecimento da centralidade da APS pelos pares da AE. O envio da referência, o recebimento do resumo de alta hospitalar e o uso de protocolos foram recorrentes, o recebimento da contrarreferência não. Não eram realizadas sessões clínicas compartilhadas e os médicos da APS não consultavam os especialistas para esclarecimento de dúvidas. Os resultados expressam a insuficiência de condições tecnológicas, organizacionais e de valores para que a APS assuma a coordenação do cuidado no SUS.(AU)


Abstract The aim of this study was to explore the experiences of primary care doctors regarding the use of knowledge and reflection to improve care coordination. We conducted a cross-sectional study with primary care doctors in Niterói, Rio de Janeiro using the COORDENA-BR questionnaire. The doctors recognized the importance of coordination, although it did not occur, and trusted the clinical skills of specialty doctors. There was no indication that their peers in specialty care recognized and promoted the centrality of primary care. Referrals, receipt of hospital discharge summaries and use of protocols were common; counter-referrals to primary services was not common. Clinical sharing sessions were not held and primary care doctors did not consult specialists to clear up doubts. The findings reveal that the coordination of care under Brazil's public health system by primary care services is hampered by lack of technological resources, organization, and values.(AU)


Resumen El objetivo es analizar la experiencia de médicos de la Atención Primaria de la Salud (APS) sobre conocimiento, uso y reflexiones para la mejora de la coordinación del cuidado. Se realizó un estudio transversal con utilización del COORDENA-BR con médicos de la APS, en Niterói (Estado de Río de Janeiro, Brasil). Los profesionales reconocían la importancia de la coordinación, aunque no ocurriera, y confiaban en las habilidades clínicas de los médicos de la Atención Especializada (AE). No había indicación de seguimiento y reconocimiento de la centralidad de la APS por los pares de la AE. Fueron recurrentes el envío de la referencia, el recibo del resumen de alta hospitalaria y el uso de protocolos, pero no el uso de la contra-referencia. No se realizaban sesiones clínicas compartidas y los médicos de la APS no consultaban a los especialistas para aclarar dudas. Los resultados expresan la insuficiencia de condiciones tecnológicas, organizacionales y de valores para que la APS asuma la coordinación del cuidado en el SUS.(AU)

5.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 39(2): e00163222, 2023. tab
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1421032

RESUMO

O objetivo deste trabalho é analisar as trajetórias assistenciais, relativas ao uso e acesso às redes de atenção à saúde (RAS), de usuários diagnosticados, internados e em reabilitação decorrente da COVID-19. Foi realizado estudo avaliativo, qualitativo, com base em entrevistas com usuários, no Município de Niterói, Rio de Janeiro, Brasil. As trajetórias assistenciais, a partir da análise temática, foram reconstituídas em três momentos que expressam as experiências com a rede de saúde e apoio durante a pandemia: medidas de prevenção, apoio e diagnóstico; a experiência da internação; cuidados, reabilitação e apoio pós-COVID-19. Os resultados apontam que a principal fonte de informação sobre a doença foram os telejornais; as medidas preventivas de higienização, as mais adotadas; e a família foi a principal rede de apoio. Não houve tempos de espera para internação no hospital municipal de referência. A internação foi muito bem avaliada em função do acolhimento, cuidado multiprofissional, visitas virtuais e contato diário do médico com os familiares. Identificou-se, porém, "vácuo assistencial" pós-alta, com ausência de seguimento pela atenção primária à saúde (APS) e demais serviços públicos. Foi frequente a busca espontânea por planos populares e pagamento direto para acesso aos serviços especializados no pós-COVID-19, até a implantação do serviço de reabilitação. Em síntese, trajetórias assistenciais solitárias e descontínuas de indivíduos e famílias revelam diversos desafios ao sistema de saúde, entre os quais a garantia de acesso e coordenação dos cuidados pela APS, ampliação da oferta de serviços públicos especializados e de reabilitação em redes, alinhados aos princípios do cuidado humanizado, além da manutenção das medidas de apoio social.


Este artículo tiene por objetivo analizar las trayectorias asistenciales de usuarios diagnosticados, hospitalizados y en rehabilitación por el COVID-19 en cuanto al uso y acceso a las redes de atención a la salud (RAS). Se realizó un estudio cualitativo, evaluativo, a partir de entrevistas con usuarios en el municipio de Niterói, Rio de Janeiro, Brasil. A partir del análisis temático, las trayectorias asistenciales se reconstituyeron en tres momentos que expresan las experiencias con la red de salud y de apoyo durante la pandemia: las medidas de prevención, apoyo y diagnóstico; la experiencia de hospitalización; y los cuidados, rehabilitación y apoyo post-COVID-19. Los resultados muestran que los telediarios fueron la principal fuente de información sobre el COVID-19. Las medidas preventivas más adoptadas fueron las de higiene. La familia fue la principal red de apoyo. No hubo tiempo de espera para el ingreso en el hospital municipal de referencia. La hospitalización fue muy bien evaluada debido a la recepción, atención multidisciplinaria, visitas virtuales y contacto diario del médico con los familiares. Se identificó un "vacío asistencial" posterior al alta, sin seguimiento por parte de la atención primaria de salud (APS) y otros servicios públicos. Hubo una frecuente búsqueda espontánea de planes populares y pago directo para acceder a servicios especializados post-COVID-19 hasta la implementación del servicio de rehabilitación. Por lo tanto, las trayectorias asistenciales solitarias y discontinuas de individuos y familias revelan varios desafíos para el sistema de salud, entre ellos la garantía de acceso y coordinación de la atención por parte de la APS, la ampliación de la oferta de servicios públicos especializados y la rehabilitación en redes, combinada con los principios de cuidado humanizado, además del mantenimiento de las medidas de apoyo social.


This study aims to analyze the care trajectories of patients diagnosed with COVID-19 who were hospitalized and are currently undergoing rehabilitation regarding their use of and access to the healthcare network (HN). An evaluative, qualitative study was carried out based on interviews with patients in the city of Niterói, Rio de Janeiro State, Brazil. The care trajectories were reconstructed at three different occasions that express their experiences with the healthcare and support network during the pandemic: prevention, support and diagnosis measures; hospitalization; post-COVID-19 care, rehabilitation and support. The results indicate that the main source of information about COVID-19 was TV newscasts. Preventive hygiene measures were the most widely adopted. The family was the main support network. There was no waiting time for admission to the municipal referral hospital. Hospitalization was very well evaluated in terms of user embracement, multidisciplinary care, virtual visits and daily contact between doctor and family members. A post-discharge "care vacuum" was identified, with no follow-up by primary health care (PHC) and other public services. Low-cost health insurance plans and private specialized post-COVID-19 services were frequently and spontaneously sought until the implementation of the rehabilitation service. In summary, solitary and discontinuous care trajectories of individuals and families shed light on several challenges to the health system, including guaranteed access to coordinated PHC and expanded offer of specialized public services and rehabilitation, aligned with the principles of humanized care, in addition to the maintenance of social support measures.

6.
Saúde Soc ; 32(1): e220382pt, 2023. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1432385

RESUMO

Resumo A despeito da diversidade socioespacial, localidades rurais remotas têm em comum pequenos povoados dispersos em um vasto território, populações isoladas e longas distâncias em relação aos centros urbanos. O objetivo do estudo é analisar as especificidades da organização e do acesso à atenção primária à saúde (APS) no Sistema Único de Saúde (SUS) em municípios rurais remotos (MRR) brasileiros. Para tanto, realizou-se um estudo de abordagem qualitativa, com base em estudo de casos múltiplos em 27 MRR. Foi feita uma análise de conteúdo temática de 211 entrevistas semiestruturadas com gestores e profissionais de saúde, e uma triangulação de informações para explorar e reconhecer as formas de organização, estratégias e desafios para o acesso à saúde. Os resultados indicam que: as características dos contextos rurais remotos condicionam a provisão da APS; há diferenças nas formas de ofertar ações de saúde e maiores falhas de cobertura assistencial nas áreas mais rarefeitas e remotas dos municípios; existem contradições entre o financiamento da APS nacional e as características dos territórios marcado por rarefação populacional e longas distâncias; e a escassez da força de trabalho é um desafio comum nos municípios estudados. É necessário, portanto, considerar as características territoriais, sociais e de acesso aos serviços de saúde para a proposição de políticas públicas que atendam às necessidades dos MRR.


Abstract Despite the socio-spatial diversity, remote rural locations have in common small villages dispersed over a vast territory, isolated populations, and long distances from urban centers. The objective of the study is to analyze the specificities of the organization and access to primary health care (PHC) in the Brazilian National Health System (SUS) in remote rural municipalities (MRR). To that end a study with a qualitative approach, based on a multiple case study in 27 MRR was carried out. Thematic content analysis of 211 semi-structured interviews with managers and health professionals and a triangulation of information to explore and recognize the forms of organization, strategies, and challenges for the access to health were performed. The results indicate that: the characteristics of remote rural contexts condition the provision of PHC; there are differences in the ways of offering health actions and greater gaps in care coverage in the most rarefied and remote areas of the municipalities; there are contradictions between national PHC funding and the characteristics of territories marked by sparcely populated areas and long distances; and the shortage of the workforce is a common challenge among the cities studied. It is, thus, necessary to consider the territorial, social, and access characteristics to health services to propose public policies that meet the needs of the MRR.


Assuntos
Zona Rural , Assistência Integral à Saúde
7.
BMC Health Serv Res ; 22(1): 1386, 2022 Nov 22.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-36419054

RESUMO

This case study analyses the challenges to providing specialized care in Brazilian remote rural municipalities (RRM). Interviews were conducted with managers from two Brazilian states (Piauí and Bahia). We identified that the distance between municipalities is a limiting factor for access and that significant care gaps contribute to different organizational arrangements for providing and accessing specialized care. Physicians in all the RRMs offer specialized care by direct disbursement to users or sale of procedures to managers periodically, compromising municipal and household budgets. Health regions do not meet the demand for specialized care and exacerbate the need for extensive travel. RRM managers face additional challenges for the provision of specialized care regarding the financing, implementation of cooperative arrangements, and the provision of care articulated in networks to achieve comprehensive care, seeking solutions to the locoregional specificities.


Assuntos
Orçamentos , Comércio , Humanos , Cidades , Brasil , Assistência Integral à Saúde
8.
Arch Public Health ; 80(1): 241, 2022 Nov 22.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-36419173

RESUMO

BACKGROUND: Ensuring adequate and safe means of travel is essential for maintaining and improving the health and well-being of residents of rural communities worldwide. This article maps costs, distances, travel times, and means of elective and urgent/emergency health transport in Brazilian remote rural municipalities. METHODS: Multiple case studies were conducted in 27 remote rural municipalities using a qualitative method. A total of 178 key informants (managers, doctors, and nurses) were interviewed. Secondary data from national information systems were analyzed for the socioeconomic characterization, to identify the costs, distances, and travel times. Through the thematic content analysis of the interviews, the means of transport, and strategies developed by managers, professionals and users for their provision were identified. RESULTS: The costs of traveling between remote rural municipalities and locations where most of specialized and hospital services are centered can compromise a significant part of the families' income. The insufficiency, restriction of days, times, and routes of health transport affects the selection of beneficiaries based on socioeconomic criteria in places of high vulnerability and less investment in road infrastructure. In remote rural municipalities, travelling to seek health care involves inter-municipal and intra-municipal flows, as their territories have dispersed populations. Several means of transport were identified - air, river, and land - which are often used in a complementary way in the same route. Some patients travel for more than 1000 km, with travel times exceeding 20 h, especially in the Amazon region. While the demands for urgent and emergency transport are partially met by national public policy, the same is not true for the elective transport of patients. The impossibility of providing health transport under the exclusive responsibility of the municipalities is identified. CONCLUSIONS: For the remote rural municipalities populations, the absence of national public policies for sufficient, continuous, and timely provision of transport for health services worsens the cycle of inequities and compromises the assumption of the universal right to health care.

9.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 27(10): 4025-4038, out. 2022. tab
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1404133

RESUMO

Resumo O objetivo é analisar a organização e oferta de atenção especializada (AE) e transporte sanitário nas Policlínicas Regionais da Bahia, via Consórcios Interfederativos de Saúde. Foi realizado estudo de caso em uma Policlínica, com abordagem qualitativa, a partir de entrevistas com atores municipais e estaduais. Buscou-se identificar elementos que caracterizam um modelo de AE integrado às Redes de Atenção à Saúde. Entre os avanços identifica-se ampliação da oferta de AE; garantia de escopo, qualidade e fixação de profissionais; provisão de transporte sanitário; monitoramento da prestação da AE; e avanços na regulação por sistema informatizado. Representam desafios: adequação do planejamento da AE à realidade locorregional; incentivo à coordenação do cuidado pela Atenção Primária à Saúde (APS) e à aproximação entre profissionais da AE e APS; institucionalização da contrarreferência, relação com instâncias de participação social; e incentivo às funções de matriciamento, Educação Permanente, integração ensino-serviço e pesquisa. Considera-se o arranjo das Policlínicas Regionais, mais afeito à integração às Redes de Atenção à Saúde, em que pese os desafios intrínsecos à AE e ao necessário fortalecimento da APS para que possa assumir a condução do sistema.


Abstract The aim of this study was to analyze the organization and provision of specialized care (SC) and health transport in regional polyclinics in the state of Bahia, Brazil. We conducted a qualitative exploratory single case study of a polyclinic based on semi-structured interviews with key informants in municipal and state health services. We sought to identify elements that characterize network-based models of SC. A number of advances were identified, including: an increase in the provision of SC and the scope and quality of services; effective retention of health professionals; provision of health transport; monitoring of SC; and improvements in the regulation of access to care through the use of computerized systems. The following challenges were observed: tailoring SC planning to regional health needs; the promotion of care coordination by Primary Health Care (PHC); the development of strategies to improve communication between SC and PHC professionals; institutionalization of counter-referral; engagement between the polyclinic and spaces for citizen participation; and fostering matrix support, permanent education, teaching-service integration, and research. Despite the intrinsic challenges of SC and the need to strengthen the central role of PHC, the regional polyclinic arrangement is better suited to the integration of the health care networks.

10.
Cad Saude Publica ; 38(9): e00028922, 2022.
Artigo em Português | MEDLINE | ID: mdl-36169512

RESUMO

Analysis of the implementation, management, operation and sustainability of the Interfederative Health Consortia and the Regional Specialty Polyclinics, in the State of Bahia, Brazil. This is a single case study of a qualitative nature, with interviews with managers, social control, regulation, legislative, and mayors of municipalities in the member. The results indicate that capital expenditures and permanent cofinancing by the state manager are factors that encourage the participation of vertical consortia. The support of small municipalities, social participation bodies, and municipal councils stood out. We observed the strengthening of the cooperative relationship among public administrators from formal decision-making spaces and by the need for daily management of specialized care (SC). The offer of SC via consortia mitigated the dependence on buying SC from private services. The fear of losing autonomy, centralizing care in state equipment, and ignoring municipal financing were challenges in the process of restructuring regional specialty services. The support and sustainability of the initiative was based on the evaluation of a situation in which the accessibility to SC was more favorable after implementation of the Polyclinic and of user satisfaction with the quality of services. Strategies to communicate with the population and to bring together instances of social control need to be undertaken. We consider that the case represents a format, within public management, for the provision of more viable and timelier SC, gaining in dimension and quality, especially in territories with a significant number of small municipalities.


Neste artigo, analisa-se a implantação, gestão, funcionamento e sustentabilidade dos Consórcios Interfederativos de Saúde e das Policlínicas Regionais de Especialidades na Bahia, Brasil. Trata-se de estudo de caso único e de natureza qualitativa, em que foram realizadas entrevistas com gestores; repersentantes de controle social, regulação e legislativo; e prefeitos de municípios consorciados. Os resultados apontam que gastos de capital e cofinanciamento permanente de custeio pelo gestor estadual são fatores que incentivam a adesão aos consórcios verticais. Destacou-se o apoio dos municípios de pequeno porte, de instâncias de participação social e das câmaras municipais. Observou-se o fortalecimento da relação cooperativa entre os gestores a partir dos espaços decisórios formais e pela necessidade de gestão cotidiana da atenção especializada (AE). A oferta de AE via consórcios mitigou a dependência de compra de serviços privados. O receio de perda de autonomia, da centralização dos atendimentos em equipamentos estaduais e do não reconhecimento do financiamento municipal foram desafios no processo de reestruturação dos serviços regionais de especialidades. O apoio e a sustentabilidade da iniciativa se baseavam na avaliação de uma situação mais favorável de acesso à AE após implantação da Policlínica e da satisfação dos usuários com a qualidade dos serviços. São necessárias estratégias de comunicação com a população e de aproximação com as instâncias de controle social. Considera-se que o caso representa um formato, ao interior da gestão pública, para a prestação de AE mais viável, oportuna e com ganhos de escala e qualidade, sobretudo em territórios com expressivo número de municípios de pequeno porte.


Se analiza la implementación, la gestión, el funcionamiento y la sostenibilidad de los Consorcios Interfederativos de Salud y de las Policlínicas Regionales de Especialidades en Bahía, Brasil. Se trata de un estudio de caso único, de carácter cualitativo, con entrevistas a gestores, control social, regulación, legislatura y alcaldes de municipios consorciados. Los resultados indican que los gastos de capital y la cofinanciación permanente del costeo por parte del gestor estatal son factores que incentivan la adhesión a los consorcios verticales. Se destacó el apoyo de los pequeños municipios, de instancias de participación social y de los consejos municipales. Se observó el fortalecimiento de la relación cooperativa entre los gestores con base en los espacios formales de decisión y en la necesidad de la gestión cotidiana de la atención especializada (AE). La oferta de AE mediante consorcios mitigó la dependencia de compra de AE en servicios privados. El temor a la pérdida de autonomía, a la centralización de la atención en establecimientos estatales y al no reconocimiento de la financiación municipal fueron desafíos en el proceso de reestructuración de los servicios regionales de especialidades. El apoyo y la sostenibilidad de la iniciativa se sustentaban en la evaluación de una situación más favorable de acceso a la AE tras la implementación de la Policlínica y de la satisfacción de los usuarios con la calidad de los servicios. Es necesario emprender estrategias de comunicación con la población y un acercamiento a las instancias de control social. Se considera que el caso representa un formato, al interior de la gestión pública, para la prestación de AE más viable, oportuna, con ganancias en escala y calidad, sobre todo en territorios con un número expresivo de municipios pequeños.


Assuntos
Programas Governamentais , Política de Saúde , Pessoal Administrativo , Brasil , Humanos , Organizações
11.
Cien Saude Colet ; 27(10): 4025-4038, 2022 Oct.
Artigo em Português, Inglês | MEDLINE | ID: mdl-36134808

RESUMO

The aim of this study was to analyze the organization and provision of specialized care (SC) and health transport in regional polyclinics in the state of Bahia, Brazil. We conducted a qualitative exploratory single case study of a polyclinic based on semi-structured interviews with key informants in municipal and state health services. We sought to identify elements that characterize network-based models of SC. A number of advances were identified, including: an increase in the provision of SC and the scope and quality of services; effective retention of health professionals; provision of health transport; monitoring of SC; and improvements in the regulation of access to care through the use of computerized systems. The following challenges were observed: tailoring SC planning to regional health needs; the promotion of care coordination by Primary Health Care (PHC); the development of strategies to improve communication between SC and PHC professionals; institutionalization of counter-referral; engagement between the polyclinic and spaces for citizen participation; and fostering matrix support, permanent education, teaching-service integration, and research. Despite the intrinsic challenges of SC and the need to strengthen the central role of PHC, the regional polyclinic arrangement is better suited to the integration of the health care networks.


O objetivo é analisar a organização e oferta de atenção especializada (AE) e transporte sanitário nas Policlínicas Regionais da Bahia, via Consórcios Interfederativos de Saúde. Foi realizado estudo de caso em uma Policlínica, com abordagem qualitativa, a partir de entrevistas com atores municipais e estaduais. Buscou-se identificar elementos que caracterizam um modelo de AE integrado às Redes de Atenção à Saúde. Entre os avanços identifica-se ampliação da oferta de AE; garantia de escopo, qualidade e fixação de profissionais; provisão de transporte sanitário; monitoramento da prestação da AE; e avanços na regulação por sistema informatizado. Representam desafios: adequação do planejamento da AE à realidade locorregional; incentivo à coordenação do cuidado pela Atenção Primária à Saúde (APS) e à aproximação entre profissionais da AE e APS; institucionalização da contrarreferência, relação com instâncias de participação social; e incentivo às funções de matriciamento, Educação Permanente, integração ensino-serviço e pesquisa. Considera-se o arranjo das Policlínicas Regionais, mais afeito à integração às Redes de Atenção à Saúde, em que pese os desafios intrínsecos à AE e ao necessário fortalecimento da APS para que possa assumir a condução do sistema.


Assuntos
Instalações de Saúde , Acesso aos Serviços de Saúde , Brasil , Pessoal de Saúde , Humanos
13.
Rev Saude Publica ; 56: 73, 2022.
Artigo em Inglês, Português | MEDLINE | ID: mdl-35946673

RESUMO

OBJECTIVE: To characterize remote rural Brazilian municipalities according to their logic of insertion into socio-spatial dynamics, discussing the implications of these characteristics for health policies. METHODS: Starting from the category of analysis - the use of the territory - a typology was elaborated, with the delimitation of six clusters. The clusters were compared using socioeconomic data and the distance in minutes to the metropolis, regional capital, and sub-regional center. Mean, standard error and standard deviation of the quantitative variables were calculated, and tests on mean differences were performed. RESULTS: The six clusters identified bring together 97.2% of remote rural municipalities and were called: "Matopiba," "Norte de Minas," "Vetor Centro-Oeste," "Semiárido," "Norte Águas," and "Norte Estradas." Differences are observed between the clusters in the analyzed variables, indicating the existence of different realities. Remote rural municipalities of "Norte Águas" and "Norte Estradas" clusters are the most populous, the most extensive and are thousands of kilometers away from urban centers, while those in "Norte de Minas" and "Semiárido" clusters have smaller areas with a distance of about 200 km away from urban centers. The remote rural municipalities of the "Vetor Centro-Oeste" cluster, in turn, are distinguished by a dynamic economy, inserted into the world economic circuit due to the agribusiness. The Family Health Strategy is the predominant model in the organization of primary health care. CONCLUSION: Remote rural municipalities are distinguished by their socio-spatial characteristics and insertion into the economic logic, demanding customized health policies. The strategy of building health regions, offering specialized regional services, tends to be more effective in remote rural municipalities closer to urban centers, as long as it is articulated with the health transportation policy. The use of information technology and expansion of the scope of telehealth activities is mandatory to face distances in such scenarios. Comprehensive primary health care with a strong cultural component is key to guaranteeing the right to health for citizens residing in such regions.


Assuntos
População Rural , Telemedicina , Brasil , Cidades , Política de Saúde , Humanos
14.
Cad Saude Publica ; 38(7): e00041722, 2022.
Artigo em Português | MEDLINE | ID: mdl-35894365

RESUMO

This study analyzes the performance of screening and diagnosis tests for cervical cancer among women aged 25 to 64 years, as well as the delay for the initiation of treatment within Brazil and in its geographic regions, from 2013 to 2020. Information on populational procedures and estimates was obtained from the information systems of the Brazilian Unified National Health System and the Brazilian National Supplementary Health Agency. We calculated the coverage indicators of the Pap smear, the percentages of altered cytopathological and histopathological tests, and the percentage of women diagnosed with cervical cancer with over 60 days of treatment. There was great variation in the coverage of the Pap smear test among the Brazilian regions with a downward trend from 2013, which was aggravated from 2019 to 2020. The number of altered cytopathological tests was 40% lower than estimated, and the difference between the recorded number of cancer diagnoses and the estimated number of patients was below 50%. The percentage of women diagnosed with invasive cervical cancer, who started treatment after 60 days, ranged from 50% in the South to 70% in the North Region with a decrease from 2018. In 2020, there was a decrease in the number of screening and follow-up tests, reducing the proportion of women delayed in starting treatment in the North, Southeast, and South regions. The decline in screening coverage and inadequate follow-up of women with altered results indicate the need to improve early detection strategies for the disease and establish mechanisms for constant evaluation and monitoring of actions.


Este estudo teve como objetivo analisar a realização de exames de rastreamento e diagnóstico para o câncer de colo do útero entre mulheres de 25 e 64 anos, bem como o atraso para o início do tratamento no Brasil e suas regiões geográficas no período de 2013 a 2020. As informações sobre os procedimentos e as estimativas populacionais foram obtidas nos sistemas de informações do Sistema Único de Saúde (SUS) e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Foram calculados indicadores de cobertura do exame de Papanicolau, os percentuais de exames citopatológicos e histopatológicos alterados, e o percentual de mulheres com diagnóstico de câncer do colo do útero tratadas com mais de 60 dias. Houve grande variação na cobertura do exame de Papanicolau entre as regiões brasileiras com tendência de declínio a partir de 2013, agudizada de 2019 para 2020. O número registrado de exames citopatológicos alterados foi 40% inferior ao estimado e a diferença entre o número registrado de diagnósticos de câncer e o estimado menor que 50%. O percentual das mulheres com diagnóstico de câncer invasivo do colo do útero que iniciaram o tratamento após 60 dias variou entre 50% na Região Sul a 70% na Região Norte, com diminuição a partir de 2018. Em 2020, houve retração do número de exames de rastreamento e de seguimento com diminuição da proporção de mulheres com atraso para o início do tratamento nas regiões Norte, Sudeste e Sul. A queda na cobertura do rastreamento e o seguimento inadequado de mulheres com resultados alterados indicam a necessidade de aprimorar as estratégias de detecção precoce da doença e estabelecer mecanismos de avaliação e monitoramento constante das ações.


Este estudio tuvo como objetivo analizar el desempeño de las pruebas de detección y diagnóstico de cáncer de cuello uterino entre mujeres de 25 a 64 años, así como el retraso en el inicio del tratamiento en Brasil y en sus regiones geográficas en el período entre el 2013 y el 2020. La información sobre los procedimientos y las estimaciones poblacionales se obtuvo de los sistemas de información del Sistema Único de Salud y de la Agencia Nacional de Salud Complementaria. Se calcularon indicadores de cobertura de la prueba de Papanicolaou, los porcentajes de exámenes citopatológicos e histopatológicos alterados y el porcentaje de mujeres con diagnóstico de cáncer de cuello uterino sometidas a tratamiento por más de 60 días. Hubo una gran variación en la cobertura de la prueba de Papanicolaou entre las regiones brasileñas, con tendencia a la disminución a partir del 2013, agudizada del 2019 al 2020. El número registrado de exámenes citopatológicos alterados fue un 40% inferior al estimado, y la diferencia entre el número registrado de diagnósticos de cáncer y el estimado fue menor al 50%. El porcentaje de mujeres diagnosticadas con cáncer de cuello uterino invasivo que comenzaron el tratamiento después de 60 días varió del 50% en la Región Sur al 70% en la Región Norte, con una disminución a partir del 2018. En el 2020, hubo una retracción en el número de exámenes de detección y seguimiento, con una disminución en la proporción de mujeres con retraso en el inicio del tratamiento en las regiones Norte, Sudeste y Sur. La reducción en la cobertura de la detección y el seguimiento inadecuado de las mujeres con resultados alterados indican la necesidad de mejorar las estrategias de detección temprana de la enfermedad y establecer mecanismos de evaluación y seguimiento constante de las acciones.


Assuntos
Neoplasias do Colo do Útero , Brasil/epidemiologia , Detecção Precoce de Câncer/métodos , Feminino , Humanos , Programas de Rastreamento/métodos , Teste de Papanicolaou , Neoplasias do Colo do Útero/diagnóstico , Neoplasias do Colo do Útero/prevenção & controle , Esfregaço Vaginal
15.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 38(7): e00041722, 2022. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1384280

RESUMO

Este estudo teve como objetivo analisar a realização de exames de rastreamento e diagnóstico para o câncer de colo do útero entre mulheres de 25 e 64 anos, bem como o atraso para o início do tratamento no Brasil e suas regiões geográficas no período de 2013 a 2020. As informações sobre os procedimentos e as estimativas populacionais foram obtidas nos sistemas de informações do Sistema Único de Saúde (SUS) e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Foram calculados indicadores de cobertura do exame de Papanicolau, os percentuais de exames citopatológicos e histopatológicos alterados, e o percentual de mulheres com diagnóstico de câncer do colo do útero tratadas com mais de 60 dias. Houve grande variação na cobertura do exame de Papanicolau entre as regiões brasileiras com tendência de declínio a partir de 2013, agudizada de 2019 para 2020. O número registrado de exames citopatológicos alterados foi 40% inferior ao estimado e a diferença entre o número registrado de diagnósticos de câncer e o estimado menor que 50%. O percentual das mulheres com diagnóstico de câncer invasivo do colo do útero que iniciaram o tratamento após 60 dias variou entre 50% na Região Sul a 70% na Região Norte, com diminuição a partir de 2018. Em 2020, houve retração do número de exames de rastreamento e de seguimento com diminuição da proporção de mulheres com atraso para o início do tratamento nas regiões Norte, Sudeste e Sul. A queda na cobertura do rastreamento e o seguimento inadequado de mulheres com resultados alterados indicam a necessidade de aprimorar as estratégias de detecção precoce da doença e estabelecer mecanismos de avaliação e monitoramento constante das ações.


This study analyzes the performance of screening and diagnosis tests for cervical cancer among women aged 25 to 64 years, as well as the delay for the initiation of treatment within Brazil and in its geographic regions, from 2013 to 2020. Information on populational procedures and estimates was obtained from the information systems of the Brazilian Unified National Health System and the Brazilian National Supplementary Health Agency. We calculated the coverage indicators of the Pap smear, the percentages of altered cytopathological and histopathological tests, and the percentage of women diagnosed with cervical cancer with over 60 days of treatment. There was great variation in the coverage of the Pap smear test among the Brazilian regions with a downward trend from 2013, which was aggravated from 2019 to 2020. The number of altered cytopathological tests was 40% lower than estimated, and the difference between the recorded number of cancer diagnoses and the estimated number of patients was below 50%. The percentage of women diagnosed with invasive cervical cancer, who started treatment after 60 days, ranged from 50% in the South to 70% in the North Region with a decrease from 2018. In 2020, there was a decrease in the number of screening and follow-up tests, reducing the proportion of women delayed in starting treatment in the North, Southeast, and South regions. The decline in screening coverage and inadequate follow-up of women with altered results indicate the need to improve early detection strategies for the disease and establish mechanisms for constant evaluation and monitoring of actions.


Este estudio tuvo como objetivo analizar el desempeño de las pruebas de detección y diagnóstico de cáncer de cuello uterino entre mujeres de 25 a 64 años, así como el retraso en el inicio del tratamiento en Brasil y en sus regiones geográficas en el período entre el 2013 y el 2020. La información sobre los procedimientos y las estimaciones poblacionales se obtuvo de los sistemas de información del Sistema Único de Salud y de la Agencia Nacional de Salud Complementaria. Se calcularon indicadores de cobertura de la prueba de Papanicolaou, los porcentajes de exámenes citopatológicos e histopatológicos alterados y el porcentaje de mujeres con diagnóstico de cáncer de cuello uterino sometidas a tratamiento por más de 60 días. Hubo una gran variación en la cobertura de la prueba de Papanicolaou entre las regiones brasileñas, con tendencia a la disminución a partir del 2013, agudizada del 2019 al 2020. El número registrado de exámenes citopatológicos alterados fue un 40% inferior al estimado, y la diferencia entre el número registrado de diagnósticos de cáncer y el estimado fue menor al 50%. El porcentaje de mujeres diagnosticadas con cáncer de cuello uterino invasivo que comenzaron el tratamiento después de 60 días varió del 50% en la Región Sur al 70% en la Región Norte, con una disminución a partir del 2018. En el 2020, hubo una retracción en el número de exámenes de detección y seguimiento, con una disminución en la proporción de mujeres con retraso en el inicio del tratamiento en las regiones Norte, Sudeste y Sur. La reducción en la cobertura de la detección y el seguimiento inadecuado de las mujeres con resultados alterados indican la necesidad de mejorar las estrategias de detección temprana de la enfermedad y establecer mecanismos de evaluación y seguimiento constante de las acciones.


Assuntos
Humanos , Feminino , Neoplasias do Colo do Útero/diagnóstico , Neoplasias do Colo do Útero/prevenção & controle , Esfregaço Vaginal , Brasil/epidemiologia , Programas de Rastreamento/métodos , Detecção Precoce de Câncer/métodos , Teste de Papanicolaou
17.
Rev. saúde pública (Online) ; 56: 73, 2022. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS, BBO - Odontologia | ID: biblio-1390031

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE To characterize remote rural Brazilian municipalities according to their logic of insertion into socio-spatial dynamics, discussing the implications of these characteristics for health policies. METHODS Starting from the category of analysis - the use of the territory - a typology was elaborated, with the delimitation of six clusters. The clusters were compared using socioeconomic data and the distance in minutes to the metropolis, regional capital, and sub-regional center. Mean, standard error and standard deviation of the quantitative variables were calculated, and tests on mean differences were performed. RESULTS The six clusters identified bring together 97.2% of remote rural municipalities and were called: "Matopiba," "Norte de Minas," "Vetor Centro-Oeste," "Semiárido," "Norte Águas," and "Norte Estradas." Differences are observed between the clusters in the analyzed variables, indicating the existence of different realities. Remote rural municipalities of "Norte Águas" and "Norte Estradas" clusters are the most populous, the most extensive and are thousands of kilometers away from urban centers, while those in "Norte de Minas" and "Semiárido" clusters have smaller areas with a distance of about 200 km away from urban centers. The remote rural municipalities of the "Vetor Centro-Oeste" cluster, in turn, are distinguished by a dynamic economy, inserted into the world economic circuit due to the agribusiness. The Family Health Strategy is the predominant model in the organization of primary health care. CONCLUSION Remote rural municipalities are distinguished by their socio-spatial characteristics and insertion into the economic logic, demanding customized health policies. The strategy of building health regions, offering specialized regional services, tends to be more effective in remote rural municipalities closer to urban centers, as long as it is articulated with the health transportation policy. The use of information technology and expansion of the scope of telehealth activities is mandatory to face distances in such scenarios. Comprehensive primary health care with a strong cultural component is key to guaranteeing the right to health for citizens residing in such regions.


RESUMO OBJETIVO Caracterizar os municípios rurais remotos brasileiros segundo suas lógicas de inserção na dinâmica socioespacial, discutindo as implicações dessas características para as políticas de saúde. MÉTODOS Partindo da categoria de análise - o uso do território - elaborou-se uma tipologia, com delimitação de seis clusters . Os clusters foram comparados a partir de dados socioeconômicos e da distância em minutos para a metrópole, capital regional e centro sub-regional. Foram calculados a média, o erro padrão e o desvio padrão das variáveis quantitativas e realizados testes de diferenças de média. RESULTADOS Os seis clusters identificados aglutinam 97,2% dos municípios rurais remotos e foram denominados de: Matopiba; Norte de Minas; vetor Centro-Oeste; Semiárido; Norte Águas; e Norte Estradas. Observam-se diferenças entre os clusters nas variáveis analisadas, indicando a existência de distintas realidades. Os municípios rurais remotos dos clusters Norte Água e Norte Estrada são os mais populosos, mais extensos e distam milhares de quilômetros de centros urbanos, enquanto os do Norte de Minas e do Semiárido tem áreas menores com distância de cerca de 200 km. Por outro lado, os municípios rurais remotos do vetor Centro-Oeste se diferem por uma economia dinâmica, inserida no circuito econômico mundial devido à presença do agronegócio. A Estratégia de Saúde da Família é o modelo predominante na organização da atenção primária à saúde. CONCLUSÃO Os municípios rurais remotos distinguem-se em suas características socioespaciais e de inserção na lógica econômica, demandando políticas de saúde customizadas. A estratégia de construção das regiões de saúde, com oferta de serviços regionais especializados, tende a ser mais efetiva nos municípios rurais remotos mais próximos de centros urbanos, desde que articulada à política de transporte sanitário. O uso de tecnologia de informação e ampliação do escopo das atividades de telessaúde é mandatório para enfrentamento das distâncias em cenários como esse. A atenção primária à saúde integral com forte componente cultural é peça-chave para garantir o direito à saúde para os cidadãos que aí residem.


Assuntos
Saúde da População Rural , Cidades , Território Sociocultural , Modelos de Assistência à Saúde , Política de Saúde
19.
Saúde debate ; 46(spe6): 148-161, 2022.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1424576

RESUMO

RESUMO O direito à saúde de transexuais e travestis vem sendo conquistado por meio de intensa mobilização social, resultando em políticas específicas para essa população. Apesar disso, observa-se desassistência a esse grupo, levando-o a desenhar itinerários terapêuticos fora da rede formal de atenção à saúde. Objetivouse apresentar e discutir os itinerários terapêuticos construídos por pessoas trans em Niterói por meio de suas redes sociais. Para tanto, foi realizada uma pesquisa qualitativa, de caráter exploratório, cujo cenário foi o Ambulatório de Atenção à Saúde da População Travesti e Transexual João W. Nery em Niterói/RJ. Participaram da pesquisa 20 transexuais usuários/as do ambulatório, moradores/as do município, que responderam à entrevista semiestruturada. Foram feitas também observações participantes. O tratamento dos dados foi efetuado por meio da análise de conteúdo temático-categorial. Evidenciou-se que as redes sociais ampliaram a capacidade de produção de saúde, mobilizando e articulando relações familiares, de amizade, religiosidades, movimento estudantil e grupos universitários, além do movimento LGBTQIA+ no empoderamento e ressignificação dos projetos de vida e da própria expressão da identidade trans. Sugere-se que os serviços de saúde precisam conhecer e se articular às redes sociais para produzir um cuidado em saúde pautado pelos paradigmas da integralidade e dos direitos humanos.


ABSTRACT The rights of transgender people to health care has been achieved through intense social mobilization, resulting in specific policies for that population. But despite those policies, in general, there is a lack of assistance to this group regarding their health care, leading them to design different therapeutic itineraries in the search for health care assistance. In this article, we present the therapeutic itineraries built by the trans population in Niterói through their Social Networks. For that, a qualitative exploratory research was carried out at Ambulatório de Atenção à Saúde João W. Nery, in Niterói. Twenty transgender people who are cared for at the clinic and who live in the city participated. They answered a semi-structured interview script. Data treatment was carried out using the thematic-categorical content analysis. The research shows that Social Networks have expanded the capacity of health production, mobilizing family relationships, friendship, religiosity, student movement, and study groups at the university, in addition to the LGBTQIA+ social movement on the empowerment and resignification of life projects and the very expression of transgender identity. We suggest that health services need to know and articulate social networks to produce health care guided by the paradigms of integrality and human rights.

20.
Cad Saude Publica ; 37(11): e00255020, 2021.
Artigo em Inglês, Português | MEDLINE | ID: mdl-34877992

RESUMO

The study analyzes the structural characteristics of primary health care (PHC) in its contextual and organizational dimensions in remote rural municipalities (counties) in Northern Minas Gerais State, Brazil. This is a case study with a qualitative approach, using 21 semi-structured interviews with health system administrators and health care workers from the family health teams (EqSF), as well as secondary data. For the contextual dimension, the results show that socioeconomic factors in the remote rural municipalities condition the organization of PHC and leave the population vulnerable, especially in the rural areas of the remote municipalities. As for the organizational dimension, the principal characteristics are: coexistence of formal and informal assignment of the services' users, two modalities of first-contact services, namely basic health units (UBS) and 24-hour health centers; prioritization of response to the spontaneous demand; strong action by the Family Health Support Centers in the development of activities in promotion and prevention, expanded scope of practices by community health workers; partial guarantee of transportation for persons in treatment; partial computerization of the UBS with the implementation of the electronic patient record (e-SUS), telecardiology; and the More Doctors Program. The study found that remote rural municipalities are not a uniform unit, since the municipal (county) seat and the rural areas are unequal in terms of living conditions and lack specific organization, policies, and financing to guarantee access to PHC. With all the limitations, the observations show initiatives with major difficulties in maintenance and sustainability and sometimes without necessarily corresponding to the use of space and social life that define rural health itineraries.


Analisam-se as características estruturais da atenção primária à saúde (APS), em suas dimensões de contexto e organizacional, em municípios rurais remotos da Região do Norte de Minas Gerais, Brasil. É um estudo de caso com abordagem qualitativa, utilizando-se 21 entrevistas semiestruturadas com gestores e profissionais das equipes de saúde da família (EqSF) e dados secundários. Para a dimensão de contexto, os resultados mostram que sob os municípios rurais remotos atuam condicionantes socioeconômicos que afetam a organização da APS e vulnerabilizam a população, sobretudo as das zonas rurais dos municípios rurais remotos. Em relação à dimensão organizacional, as principais características são: coexistência de adscrição formal e informal de clientela; duas modalidades de serviços de primeiro contato (unidades básicas de saúde - UBS, e centros de saúde 24 horas); priorização do atendimento à demanda espontânea; forte atuação do Núcleo de Apoio à Saúde da Família para o desenvolvimento de atividades de promoção e prevenção; escopo ampliado de práticas do agente comunitário de saúde; garantia parcial de transporte para os usuários; informatização parcial das UBS com a implantação do e-SUS; telecardiologia; e o Programa Mais Médicos. Este estudo revela que municípios rurais remotos não são uma unidade, visto que sede e zona rural são desiguais em relação às condições de vida e carecem de organização, políticas e financiamento específicos para a garantia do acesso à APS. O que se observa, com todas as limitações, são iniciativas municipais com grandes dificuldades para a manutenção e a sustentabilidade e, por vezes, sem a necessária correspondência à utilização do espaço e da vida social que definem os itinerários sanitários rurais.


Se analizan las características estructurales de la atención primaria a la salud (APS), en sus dimensiones de contexto y organizativas, en municipios rurales remotos de la Región del Norte de Minas Gerais, Brasil. Se trata de un estudio de caso con abordaje cualitativo, utilizándose 21 entrevistas semiestructuradas con gestores y profesionales de los equipos de salud de la familia (EqSF) y datos secundarios. Para la dimensión de contexto, los resultados muestran que bajo los municipios rurales remotos actúan condicionantes socioeconómicos que afectan la organización de la APS y vulnerabilizan a la población, sobre todo a la de las zonas rurales de los municipios rurales remotos. En relación con la dimensión organizativa, las principales características son: coexistencia de adscripción formal e informal de pacientes; de dos modalidades de servicios de primer contacto (unidades básicas de salud - UBS, y centros de salud 24 horas); priorización de la atención a la demanda espontánea; fuerte actuación del Núcleo de Apoyo a la Salud de la Familia para el desarrollo de actividades de promoción y prevención; alcance ampliado de prácticas del Agente Comunitario de Salud; garantía parcial de transporte para los usuarios; informatización parcial de las UBS con implantación del e-SUS; telecardiología; y el Programa Más Médicos. Este estudio revela que los municipios rurales remotos no son una unidad, visto que sede y zona rural son desiguales, en relación con las condiciones de vida, y además carecen de organización, políticas y financiación específicas para la garantía del acceso a la APS. Lo que se observa, con todas las limitaciones, son iniciativas municipales, con grandes dificultades para su mantenimiento y sostenibilidad y, a veces, sin la necesaria correspondencia con la utilización del espacio y vida social que definen los itinerarios sanitarios rurales.


Assuntos
Serviços de Saúde Rural , População Rural , Brasil , Humanos , Atenção Primária à Saúde , Saúde da População Rural
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA
...